sábado, 1 de agosto de 2015

SMAM 2015 - Relatos Inspiradores

Em comemoração à SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO de 2015, cujo tema é "AMAMENTAÇÃO E TRABALHO - Para dar certo o compromisso é de todos" pedi para amigas queridas relatarem como conseguiram voltar ao trabalho sem desmamar seus filhos.
Grata à todos os relatos que me foram dados voluntariamente com um único objetivo: Encorajar outras mulheres à fazer o mesmo!
O leite materno é insubstituível! Vale cada esforço!




Inspirem-se...

"Sou mãe da Luna, Luneta para os mais íntimos, uma pitchuca cheia de personalidade rs

Estamos no aleitamento materno a 1 ano e 9 meses ( quase, completa dia 02).
Alimentei exclusivamente até os seis meses, sem água, chá ou suquinhos... foi fácil não. 

Quando estava se aproximando o retorno na licenca maternidade ela estava prestes a completar 6 meses, mas eu não queria que a escola iniciasse a introdução alimentar. Queria acompanhar...

Tirava leite e mandava em porções pra escola congelado. Serviam em copinhos pra ela. Não aceitava muito bem, mas tomava um pouco. Tirava o atraso antes e depois que eu chegava em casa.
Consegui ainda uma semana pra ficar em casa por conta de férias...então comecei as frutinhas e ela foi comendo frutas e meu leite.
Na escola diziam que ela preferia leite artificial ( ahhhnn???? Eu nunca dei LA pra ela.) e que adorou o bolo de cenoura com chocolate ( aaahnnnn?????2).

Teve briga, revolta, meu leite diminuiu bem e quase surtei.

Um mês mais ou menos pra adaptação...ela ficava bem na escola, mas eu não trabalhava tranqüila. Pensei em tirar. Sair do trabalho e ficar com ela. Não dava. A grana tava curtíssima.
Começamos a introdução dos salgados e ai ela foi optando por não tomar o leite na escola ( ou eles optaram por isso...nunca me contentei com o argumento)...

Ela fica ate hoje de 4 a 5 horas na escola. O tempo extra que eu estou no trabalho fica com o pai que ofereceu meu leite até mais ou menos 1 ano ...depois permaneceu apenas com as mamadas da manhã, depois do almoço (antes da escola) e a noite , quando me buscam ...além do Tetê da madrugada...cama compartilhada é a maior delicia!"

por Ludmila Dorta


"Voltei a trabalhar quando minha filha tinha 4 meses.15 dias antes de voltar, comecei a ordenhar e armazenar leite...fiz um estoque bom...e tiro até hoje...pra deixar na minha avó que cuida da minha filha que está com 1a3m."

por Carolina Fanti



"Eu sou mãe de Lucas, com 3 anos e 10 meses, quando nasceu Marina, através do meu VBA1C.

Em 2010, no mês de outubro, nasceu de uma cesárea, o Lucas. Eu não reagi muito bem à cirurgia. Não de forma física, mas psicológica. O retorno do hospital para casa foi um momento de medos e angústias, e a amamentação foi um capitulo extremamente dolorido.

Eu demorei a ter leite. Ofereceram leite artificial para meu filho no hospital, em função disso. As nossas primeiras noites foram terríveis, eu sem saber o que fazer com aquele bebê que chorava muito. Na primeira noite, dormi sentada com o meu dedo na boca dele, tamanha era a necessidade de sucção. Eu começava ali um longo caminho de dor.

Eu nunca havia lido, conversado ou mesmo estudado sobre amamentação. Achava ser algo natural e lindo, pura poesia! Ledo engano.

A pega estava errada, meu peito abriu e ficou em carne viva. Eu usava conchas de amamentação, vazava leite o tempo inteiro. Tudo que mandavam, eu fazia. Doía demais amamentar e eu amamentava de três em três horas porque, na época, achava que criança tinha relógio interno.

Nas consultas de retorno ao pediatra e à obstetra para ver cicatrização, ambos me aconselharam ir ao banco de leite. Fomos os três: eu, meu marido e nosso pequeno. Lá, descobri que me ensinaram muitas coisas erradas e que o que faltava fazer parecia simples. Meu marido prestou muita atenção porque sabia que eu estava esgotada, sem conseguir dormir por mais de duas horas seguidas meu marido foi essencial para conseguir fazer o que me ensinaram no banco de leite.

Conseguimos! Mas com 5 meses, o meu pequeno perdeu peso e mandaram complementar com leite artificial. Eu introduzi a mamadeira e, nessa altura, voltaria a trabalhar em horário integral. Longe, e sem sala para fazer ordenha. Então, o leite artificial foi substituindo o materno até que, com 9 meses, ele não quis mais. Eu sofri com essa recusa. Tentei por muito tempo, mas ele não queria. Todos falavam que estava bom, "não insiste porque ele depois não larga".

Minha nova gravidez encontrou uma mulher mais bem informada e totalmente modificada pela maternidade do primeiro filho.

Briguei pelo parto e sabia que brigaria pela amamentação. Estudei, fiz cursos, troquei informações e as repassei para minha mãe - que fica com meus filhos enquanto trabalho. Li em grupos, que as avós e cuidadoras familiares são o maior risco de desmame precoce. Foi um trabalho homeopático, de grão em grão, que deu certo.

Não tive nenhum percalço na amamentação da mais nova: continuei com muito leite, doei para o banco de leite. O desmame precoce do mais velho ajudou na defesa de não usar bicos artificiais e proibir a compra de mamadeiras.

Dediquei-me a muita leitura e comprei diversos copos de treinamento antes do retorno ao trabalho.  Retornar ao trabalho quando seu filho tem pouco tempo é extremamente cansativo, fisicamente e psicologicamente. Eu sou arquiteta, minha profissão requer tempo para reuniões com clientes, horas que não estavam no planejamento de dedicação para projetos. E eu trabalho de segunda-feira a sábado.

Voltei a trabalhar. Tinha estocado da forma correta, ela tinha 5 meses. Não imaginei que o estoque acabaria rápido. As primeiras tentativas foram difíceis e muito leite se perdia, foi uma semana de muito tumulto emocional. Na empresa, já aguardavam a minha volta com trabalhos que só eu poderia fazer. Eu ficava tensa, e ligava para saber se tinha dado certo a introdução do copo. E minha mãe tensa, com receio de a bebe passar fome. Foi uma semana difícil, na qual se não houvesse a certeza das decisões tomadas, teríamos as três desistido!

Ordenhava antes de dormir e, na hora do almoço oferecia um seio, e o outro eu ordenhava. Amamentava em livre demanda e, confesso, foi uma fase extremamente cansativa. Não conseguia me concentrar no trabalho. Os seios enchiam e me machucavam. Tinha horas que pensava se ia dar conta daquela loucura toda… Até porque o meu mais velho morre de ciúmes dela mamar e tudo isso me consumia demais psicologicamente.

Mas a insistência deu certo, minha filha mamou 6 meses exclusivamente. Vai fazer um ano em agosto e até hoje nunca usou bicos artificias ou ingeriu outro leite. Isso me enche de orgulho! Foi uma vitória conseguida a três – eu, minha mãe e minha filha."
Érika Domingues / Santos SP



"Quando voltei a trabalhar, depois de 5 meses, eu levava todos os dias uma bolsa bomba de leite da medela, e uma bolsa térmica que vem junto... O pediatra da Clara me deu um atestado que dizia para a empresa me liberar um local adequado para pode retirar o leite, e isso me ajudou... Me deram uma copa... Eu ia lá 2 vezes por dia e como era dupla, tirava em 15 minutos uns 200 ml... Deixava em um frigobar no andar que eu trabalhava e levava para casa no fim do dia.... Foi ótimo, ela nunca deixou de tomar meu leite até quase 2 anos…"

Por Andressa Fiori Rossete

"Estou tirando leite no trabalho, deixo na geladeira e congelo ao chegar em casa. Levo para casa em uma bolsinha térmica envolvido por uma bolsa de gelo. Eu amamento antes de sair e quando volto. Normalmente ele toma uma mamadeira com meu leite nesse período. Só LM, por enquanto, nada de leite artificial, graças a Deus!!"

por Thais CV


"Antes da Livia nascer eu pensava "vou voltar a trabalhar quando ela JÁ tiver 7 meses", mas poxa! Como 7 meses passam rápido!
Quando ela fez 5 meses comecei a pensar mais intensamente no retorno, queria manter o aleitamento exclusivo até os 6, introduzir a alimentação complementar antes de começar no berçário e manter a amamentação até que ela completasse um ano. Na minha cabeça o plano estava lindo e fácil.
Pois é, só na minha cabeça!
Comecei a tentar ordenhar o leite. Não foi tão fácil como imaginei! Comecei com bomba manual, depois tentei manualmente. Depois que me adaptei a tirar com a mão (e a me entender melhor), tirar com a bomba ficou bem mais prático.
Bom, quando a Lívia completou seis meses, introduzimos frutas em sua alimentação e começamos a ofertar o leite ordenhado.
A Lívia não aceitava bem o leite quando eu oferecia e no mesmo período começamos a adaptação na escolinha.
O pessoal da escolinha foi grande parceiro! Me ajudaram a oferecer em diferentes copinhos para verificar a melhor aceitação pela pequena.
Quando retornei ao trabalho tirava 300ml aproximadamente de leite, divididos em 3 porções, da forma como ela tomava.
Eu tirava em um dia o que seria suficiente para o dia seguinte.
Alguns dias era mais difícil tirar! Optei por uma bomba elétrica para agilizar e ela inclusive ajudou a aumentar a ordenha.
Também tinha dias que a Livia aceitava menos.
Ambas sofremos com a separação e choramos alguns dias.
Meus colegas de trabalho foram grandes apoiadoras! Me incentivavam a ordenhar e me acalmavam nos dias em que o coração estava mais apertadinho!
Eu ordenhava na cozinha do departamento e armazenava no freezer. Levava pra casa em bolsas térmicas.
Até aproximadamente 9 meses, continuei ordenhando três vezes ao dia, depois fui reduzindo conforme a aceitação da Lívia. Ela passou a tomar dois copinhos por dia e depois foi reduzindo a quantidade.
Um pouco antes de completar um ano ela passou a rejeitar o leite. Neste período sai de férias. Quando retornei ela não aceitou mais o leite no copinho. Então parei de ordenhar e de enviar o leite pra ela. Esse processo foi muito natural, pra mim e pra ela.
Hoje (com 1 ano e 8 meses) ela mama bastante quando está comigo, de manhã, quando chego do trabalho e em algumas noites, mama de madrugada.
Refletindo sobre o apoio, espaço, tempo, informação,... e sobre minha vivência de manutenção da amamentação na volta ao trabalho, tomo consciência de que o apoio que tive do marido, da família, dos amigos, dos chefes foi essencial e sou muito grata pelo carinho com que fizeram isso. Mas sobretudo, acreditar em mim mesma e que era possível foi determinante para seguir com o aleitamento."

por Dione Pavan do Blog "Maternidade sem neura":  
https://blogmaternidadesemneura.wordpress.com/2015/06/12/trabalho-e-amamentacao/



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