segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Baixo ganho de peso, pouco leite… relato de quem superou esse pesadelo!

Esse relato é de uma queridona!
Tive a HONRA de estar no seu parto e olha… que partaço! =D

Mas como nem tudo são flores, depois de parir lindamente e achar que o mais difícil tinha passado, a nossa doce Tina ainda daria muito trabalho!

Segue o relato da Gil, mãe da Valentina, esposa do Thiago, advogada workaholic, amiga da Amanda (que nos apresentou) e mais mil e uma funções que nós todas assumimos muito bem, obrigada ;)


"Valentina chegou, e, com ela, a dificuldade em amamentar. Não, não é fácil. A insegurança bateu forte dentro de mim. Valentina mamava, como mama, exclusivamente leite materno, em livre demanda, e no começo ficava horas plugada e, por isso, eu ouvia sempre os mesmos comentários: "nossa, vai mamar de novo?", " seu leite deve ser fraco", " tem que dar mamadeira". Desde que engravidei sempre quis parir e amamentar e sempre ouvi milhões de críticas que, querendo ou não, ficaram em mim.
Acho que tudo isso foi martelando na minha cabeça e me estressando muito.
Foi quando, passado um mês e meio do nascimento, retornamos à pediatra para uma consulta de rotina.

Sai de lá com o coração em frangalhos, ao ser constatado o baixo ganho de peso. A sorte é que a pediatra da Valentina super apóia a amamentação e com toda paciência me instruiu a fazer a relactação, se necessário, com leite artificial. A palavra "fórmula" me causava arrepio, e, confesso que ainda causa. Na minha cabeça já apareciam imagens da Valentina com a mamadeira na boca. Não estou criticando mães que dão mamadeira, mas para uma mãe que quer amamentar receber essa notícia soa como que a incapacidade em alimentar a sua cria.   Saí do consultorio e já mandei mensagem pra Ana Garbulho, que, mais uma vez, me acolheu. Lá fui eu para relactação. Eu me entupia de chá da mamãe, de

água e tomava  tintura de algodoeiro. E tudo deu certo. Valentina continuava, (e continua) mamando em livre demanda e no pouco tempo que não mamava eu deixava 'chupetar' ou estimulava extraindo leite com a bombinha. O leite que eu extraía eu congelava e fazia a relactação com ele e pouquíssimas vezes com a fórmula. Nove dias depois voltamos à pediatra e Valentina havia ganhado 42g dia ! E o melhor, com meu leite, pq se demos a fórmula três vezes, uns 50ml, foi muito! Daí por diante não demos mais leite artificial e ela segue ganhando peso só com o "tetê dela", a hora que ela quiser e o quanto ela quiser. Eu fiquei mal. Chorei. Mas tive apoio do marido, da minha mãe, das amigas mais próximas e percebi claramente que o leite materno vem da auto confiança. Nosso corpo é perfeito. Cada mãe e cada bebê tem um ritmo próprio. Se vc quer, vc consegue, confie."


           Nem sempre a translactação dura apenas 9 dias, nem sempre a gente consegue de cara um aumento da produção de leite. Quando mais apoio e serenidade para lidar com esse impasse, melhor! Algumas mães também usam a acupuntura e a massagem como aliadas e os resultados são ótimos! Mas sabemos que o mais importante é que o bebê que está ganhando pouco peso tenha muito colo, muito pele a pele com a mamãe e muito peito, que sua pega esteja correta e que seja acompanhado por um pediatra para que a situação não assuma riscos. Também pode ser útil dosar os índices de hormônios tireoidianos, tenho acompanhado algumas nutrizes que têm sofrido com as oscilações de TSHe e isso tem refletido na produção. Introduzir um complemento na mamadeira será um caminho mais fácil para o ganho de peso mas também será um caminho de maior dependência, quando não o desmame.
Chame uma consultora em aleitamento se tiver dúvidas e invista em relactar o bebê para aumentar a produção de leite materno. Nenhum leite é tão perfeito para seu bebê quanto o seu, é sempre bom lembrar.

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